São Paulo, terça-feira, 29 de julho de 1997
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O que a polícia já conseguiu

Mato Grosso
A greve da PM durou nove dias (de 16 a 25 de julho). Soldados, cabos, sargentos e subtenentes conseguiram antecipação para agosto do reajuste de 14% que só seria dado em dezembro. Todo o efetivo da PM no Estado (3.900 homens) participou do movimento

Goiás
PMs fizeram greve nos dias 22 e 23. Queriam inicialmente 80% de reajuste sobre o salário de soldado (R$ 230), passando no final a pedir R$ 200 de gratificação. Encerraram greve após ganhar gratificações escalonadas: R$ 125 para praças, R$ 100 de aspirante até major e R$ 60 de tenente a coronel)

Mato Grosso do Sul
A paralisação em Mato Grosso do Sul durou cinco dias, de 18 a 22 de julho. Os PMs pediam equiparação do soldo (R$ 29,80) ao salário mínimo, elevando o piso de R$ 318 para R$ 750. Aceitaram a proposta do governo: reajuste no auxílio-alimentação, sem mexer no soldo, o que elevou o piso de R$ 318 para R$ 500 em setembro (cerca de 63% sobre o total do salário)

Rio Grande do Sul
Os policiais civis gaúchos continuam em greve. Ganham 100% a título de risco de vida, mas querem 222%. O governo oferece aumento para 150,44%. Os PMs não chegaram a fazer greve. Limitaram-se a manifestações nas ruas. O governo fez propostas de aumentos escalonados aceitas pelos policiais militares

Pará
Greve de policiais, que exigiam 70% de reajuste para a PM e 75% para a Polícia Civil, durou dois dias. Foi encerrada após abono de R$ 130 concedido pelo governo estadual

Santa Catarina
Os policiais pediram reajuste de 68,32%. O governo deu 55,85% em 16 de julho. Foram beneficiados 13 mil PMs de patentes inferiores (soldado a subtenente) e 2.800 servidores de nível médio da Polícia Civil (inspetores, escrivães, investigadores e peritos)

Paiuí
Policiais militares fizeram greve de cinco dias no início do mês contra distorções nos salários: R$ 209,31 para soldados e R$ 4.149, em média, para coronéis. Conseguiram abono de R$ 120 e encerraram movimento

São Paulo
Polícia Civil quer 88,68% de reajuste salarial. PM reivindica de 25% a 77,24%. Governo já concedeu aumento de 8,5% a 34% para a PM e de 5,1% a 34% para a Civil, sobre o salário-base. Polícia Civil se diz descontente

Paraíba
A PM pediu salário-base de R$ 400, conseguiu R$ 300 após cinco dias de greve (de 14 a 18 julho)

Pernambuco
Os PMs ficaram 12 dias em greve. A paralisação terminou anteontem. O governo concedeu reajustes entre 14% (oficiais) e 45,7% (soldados de 3ª classe). A Polícia Civil continua em greve. Os policiais reivindicam aumento do piso salarial, de R$ 74,21 para R$ 130

Alagoas
A PM está em greve há 18 dias e a Polícia Civil, há 16. Os policiais querem pagamento integral dos seis salários atrasados e dois terços de férias. O governo pagou um salário atrasado na sexta e cobra retorno imediato ao serviço. Até agora, voltaram ao serviço 12% dos PMs na capital e 22% no Estado, segundo o comando. Líderes grevistas discordam dos números

Minas Gerais
A greve começou no dia 24 e terminou no dia 27. Houve paralisação nos dias 12 e 13 de junho. O governo de Minas concedeu reajuste de 10% a 48,2% para os policiais. O maior percentual foi para soldado em início de carreira, cujo salário passou de R$ 415 para R$ 615. Quando iniciaram o protesto, os policiais reivindicavam piso de R$ 800

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