São Paulo, terça-feira, 29 de julho de 1997
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Reféns ficam 10 h em DP

DA REPORTAGEM LOCAL

Dois comerciantes e um estudante que foram tomados como reféns pelo grupo que invadiu a delegacia de Francisco Morato estavam no local como testemunhas de um caso de homicídio.
Mas, além do assassinato, acabaram testemunhando também a invasão seguida de morte. Os três chegaram à delegacia por volta das 19h30 de anteontem e só conseguiram voltar para suas casas, em Caieiras (35 km a norte de SP), depois de dez horas, por volta das 5h30 de ontem.
"Parece brincadeira, mas nem dentro de uma delegacia de polícia é possível ter segurança", afirmou o comerciante Luís Alcântara, 50. "Se eu contar o que aconteceu comigo hoje, ninguém vai acreditar."
Seu filho Elton Alcântara de Gusmão, 23, também estava assustado com a falta de segurança. "Fui arrastado pelo cabelo e tive medo de morrer. É um absurdo acontecer isso dentro de uma delegacia", reclamou.
Crime
Os três estavam na delegacia como testemunhas da prisão do repositor Valdionor Alves de Lima, 29, funcionário do supermercado que eles são sócios.
Lima confessou ter matado a tiros sua mulher, Silvanete Ferreira Leite, 23, e o filho único dela, Thiago Ferreira Leite, 7.

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