São Paulo, terça-feira, 29 de julho de 1997
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Mercosul tenta evitar perdas

DENISE CHRISPIM MARIN
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

O Mercosul vai enfrentar, nesta semana, nova rodada de discussões para evitar que as negociações da Alca (Área de Livre Comércio das Américas), a partir de março de 1998, levem as economias do Brasil, Argentina, Paraguai e Uruguai à bancarrota.
As discussões entre os vice-ministros da área de comércio dos 34 países da Alca começaram ontem e estarão se desenrolando até a próxima quinta-feira em San José, na Costa Rica.
Desta vez, as conversas estarão concentradas no destino dos atuais grupos de trabalho, que tratam da possibilidade de harmonização de regras, como a tributária ou a da defesa da concorrência.
A proposta é transformá-los em negociadores a partir de 98. O Mercosul está disposto a aceitar, contanto que consiga introduzir outros dois temas polêmicos: têxteis/confecções e agricultura.
Esses temas são considerados pelo Mercosul, Chile e Bolívia como prioritários na agenda de negociação da Alca. Isso porque todos são alvos preferenciais das barreiras comerciais adotadas pelos Estados Unidos.
Se contar de fato com o apoio desses dois países, o bloco terá mais força diante dos Estados Unidos e Canadá para a negociação desses e outros pontos.
A expectativa é que temas aos quais o Mercosul se opõe -como a imposição de regras trabalhistas mínimas e de controle ambiental- voltem à discussão.

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