São Paulo, terça-feira, 29 de julho de 1997 |
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CD duplo faz apanhado para neófitos de B.B. King ao vivo
LUIZ ANTÔNIO RYFF
B.B. King sempre viveu para o blues, tornando-se, de alguma forma, um embaixador do gênero. Ajudou a torná-lo respeitável sua postura politicamente correta -bem antes da expressão ser inventada-, conquistando as platéias brancas, evitando letras sobre sexo, drogas e violência, falando sobre amor. Seu maior mérito, como instrumentista, foi forjar um estilo único e inconfundível, elegante e econômico, com fraseados curtos, vibrato feito com os dedos, volume controlado na mão e som limpo. "How Blue Can You Get - Classic Live Perfomances 1964 to 1994" -uma coletânea ao vivo incrementada por algumas versões inéditas- é um excelente disco para os neófitos. Com pouca coisa inédita, o álbum deixa um pouco a desejar para os conhecedores. O guitarrista passeia com sua Lucille por 29 faixas. O repertório é manco. Erra menos nas músicas antigas -não por acaso quando seus registros ao vivo eram melhores. Das novas, falta "Into The Night", por exemplo. A seleção das faixas nem sempre acerta. De "Live In Cook County Jail", por exemplo, poderia ter sido pinçada "The Thrill is Gone". "Rock Me Baby" também já viu dias melhores. Há álbuns ruins, como o "Live At The Apollo", que tiveram faixas incluídas quando deveriam ter sido esquecidos. Outros, como os dois com o cantor Bobby Bland, foram mal aproveitados. Mas "How Blue Can You Get" tem um grande triunfo. Ele traz faixas dos melhores álbuns ao vivo do guitarrista, e que não foram lançados em CD no Brasil, como "Live And Well", "Live At The Regal" e sua parceria em palco com o jazz-funk dos Crusaders em "The Crusaders with B.B. King & The Royal Philarmonic Orchestra". Disco: How Blue Can You Get - Classic Live Perfomances 1964 to 1994 Artista: B.B. King Lançamento: MCA Quanto: R$ 36, em média Texto Anterior: "Shane" e a profundidade Próximo Texto: G3 reúne as guitarras de Steve Vai, Joe Satriani e Eric Johnson Índice |
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