São Paulo, terça-feira, 29 de julho de 1997
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Marty Friedman; Yngwie Malmsteen; André Christovam; Steve James; Fernando Noronha; Jonny Lang

LUIZ ANTÔNIO RYFF; EDSON FRANCO

Marty Friedman
Guitarrista que bate ponto na pauleira na banda Megadeth, Marty Friedman desenvolve, há anos, um trabalho solo em que mostra mais sutilezas do que quando está em grupo. Sem abrir mão do virtuosismo, "True Obsessions" (Paradoxx) comprova o lirismo e o apurado senso melódico de Friedman. Em faixas como "Rio", "Intoxicated" e "Farewell", o trabalho agrada inclusive a quem torce o nariz para os metaleiros.
(LAR)

Yngwie Malmsteen
Da enorme safra de guitarristas de heavy metal revelados na década de 80, o sueco Yngwie Malmsteen é um dos melhores. Influenciado pela música clássica, ele conjuga rapidez e clareza. Em "Inspiration" (Paradoxx), Malmsteen paga tributo aos seus mestres. No altar-mor está Ritchie Blackmore (Deep Purple), homenageado em cinco das dez músicas regravadas, entre elas "Mistreated", "Gates of Babylon" e "Child in Time".
(LAR)

André Christovam
Para quem gosta de virtuosismo, o bluesman brazuca André Christovam não é nenhuma maravilha. Mas faz seu trabalho com inegável competência. Apesar da delicada "Bobby Is Asleep", o destaque de "Catharsis" (Movieplay) são os covers, os bons, como "Snowy Wood", "Ain't No Sunshine", "No Expectations" e "Like It This Way", que não chega nem aos pés da versão original do Fleetwood Mac com Peter Green na guitarra.
(LAR)

Steve James
Se uma praga terrível apagasse do planeta todos os CDs de blues e só sobrasse "Art and Grit" (Eldorado), seria possível recomeçar a história do estilo a partir desse que é o terceiro trabalho do guitarrista nova-iorquino pelo selo Antone's. Em um set totalmente acústico, ele mostra as bases da música que os negros norte-americanos inventaram, os músicos brancos aprimoraram e a MTV embala para presente. Absolutamente fundamental.
(EF)

Fernando Noronha
Vindo do sul, esse guitarrista mostra que estudou com afinco alguns toques criados pelos músicos seminais do blues. Mas "Swamp Blues" deixa latente sua falta de gosto nos arranjos e revela vocais que tentam se impor pela guturalidade, mas acabam soando caricatos. Essa característica torna desastrosa a versão que Noronha perpetrou de "Soul Fixing Man", de Luther Allison. A esperança resiste na boa "Groove for Steve".
(EF)

Jonny Lang
Mereceria crédito um garoto de 16 anos, loirinho e saudável que se mete a tocar blues? No caso excepcional de Jonny Lang, sim. É claro que "Lie to Me" (importado, A&M) se equilibra na tênue linha que separa blues e rock, mas em seus solos o guitarrista revela um comedimento muito pouco comum a músicos da sua idade. Elegância, bom repertório e uma voz possante dão ao garoto a autoridade de quem toca sem precisar provar nada.
(EF)

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