São Paulo, quarta-feira, 30 de julho de 1997
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Saída foi acertada com FHC há um mês

CARI RODRIGUES
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

Gustavo Loyola acertou há um mês com o presidente Fernando Henrique Cardoso a sua saída do cargo. O encontro aconteceu durante um final de semana em que Loyola ficou em Brasília.
Em maio, ele já tinha dito a assessores que "a pressão familiar era grande" para que ele deixasse a presidência do banco. Loyola assumiu o cargo pela segunda vez em 13 de junho de 1995.
O descontentamento de Loyola vinha desde a intervenção no Banco Econômico, em agosto de 1995. A bancada do PFL baiano, comandada pelo atual presidente do Senado, Antonio Carlos Magalhães, não se conformava com o fechamento do Econômico.
O vazamento da "pasta rosa", que conteria uma lista de políticos beneficiados com as doações financeiras do Banco Econômico para suas campanhas eleitorais em 1990, fez com que ACM entrasse em atrito direto com Loyola.
Nessa época, Loyola ameaçou pedir demissão, mas foi convencido pelo governo a ficar. Ele reclamava a assessores de ser atacado por aliados do governo e não receber o apoio necessário.
No primeiro semestre de 1996, Loyola sofreu mais um desgaste. O Conselho Monetário Nacional aprovou aumento de médio de 23% para os funcionários do BC (mais tarde suspenso por FHC).
O anúncio do aumento salarial foi feito pelo diretor de Assuntos de Administração, Carlos Eduardo Tavares de Andrade. Ele destacou que algumas faixas salariais teriam aumento de até 77,4%, o que provocou protestos.
A Folha apurou que o diretor de Normas do BC, Alkimar Moura, também pode deixar o banco.

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