São Paulo, quarta-feira, 30 de julho de 1997
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Franco se ausenta do anúncio de Loyola

DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

O futuro presidente do Banco Central, Gustavo Franco, foi o grande ausente no anúncio da saída de Gustavo Loyola do cargo.
Poucas explicações foram dadas sobre os motivos que o levaram a deixar o cargo, e um dos raros comentários foi do diretor do BC para assuntos de dívidas dos Estados, Paolo Zaghen. Ele disse que Loyola deixou o cargo porque estava "cansado".
"Ele estava lá há muito tempo e está saindo em um momento tranquilo", disse Zaghen. Na portaria do Ministério da Fazenda, o secretário da Receita Federal, Everardo Maciel, apenas brincou com o episódio.
"Não me confundam com ele", disse Maciel, que é muito parecido e já foi confundido várias vezes com Gustavo Loyola.
Durante o anúncio da demissão, somente Loyola e o ministro Pedro Malan (Fazenda) ocuparam a mesa principal do auditório, mas os principais integrantes da equipe econômica estiveram na platéia.
Sentaram lado a lado os secretários José Roberto Mendonça de Barros (Política Econômica), Bolívar Moura Rocha (Acompanhamento Econômico), Eduardo Guimarães (Tesouro Nacional) e Pedro Parente (secretário-executivo).
"Beto, não vale fazer perguntas", disse Loyola, ao avistar Mendonça de Barros na platéia, local normalmente ocupado por jornalistas.
Malan ficou irritado com as perguntas sobre eventuais mudanças na política cambial.
"Se me fizerem a mesma pergunta, vou dar a mesma resposta".
A convocação para a entrevista coletiva ocorreu às 17h10, após o fechamento do mercado financeiro. A assessoria de imprensa do ministério não revelou o assunto.

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