São Paulo, quarta-feira, 30 de julho de 1997
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Tailândia também troca chefe do BC

DAS AGÊNCIAS INTERNACIONAIS

O presidente no banco central tailandês, Rernchai Marakanonda, apresentou ontem seu pedido de demissão ao primeiro-ministro do país, Chavalit Youngchaiyudh.
Segundo fontes ligadas ao governo, o dirigente do banco central já estava com pedido de demissão encaminhado desde o dia em que o governo tailandês decidiu pedir auxílio financeiro ao FMI (Fundo Monetário Internacional).
Marakanonda estava no cargo há um ano e vinha sofrendo fortes críticas por não conseguir resolver a crise financeira do país.
Os analistas financeiros afirmam que o presidente do banco central não estava conseguindo conter a depreciação da moeda tailandesa, que sofreu frequentes ataques especulativos nas últimas semanas.
Segundo seus opositores, o ex-presidente do banco central tailandês teria gasto bilhões de dólares na tentativa, sem êxito, de conter a desvalorização do baht.
Ele também foi criticado por não ter elaborado um plano econômico para combater a especulação contra a moeda tailandesa.
O sucessor de Marakanonda no cargo será Chaiyawat Wibulswasdi, que também trabalha no banco central do país.
Poucas horas depois de ter tido seu nome confirmado para o cargo, Chaiyawat afirmou que pretende enviar um novo pedido de ajuda financeira ao Fundo Monetário Internacional.
Ele disse que manterá o controle sobre as taxas de juro praticadas no país e também sobre a inflação.
Cotações
Ontem, a moeda tailandesa se valorizou em relação ao dólar norte-americano. No final do dia, o dólar estava cotado de 30,90 a 31,20 bahts.
No dia anterior, a cotação variou de 31,80 a 32 bahts.
Desde o último dia 2 de julho, quando começou a crise cambial no país, a moeda tailandesa se desvalorizou cerca de 20%.
Apesar da promessa de controle do câmbio por parte do governo, os grandes bancos comerciais do país decidiram, na semana passada, aumentar suas taxas de juro nos empréstimos.
Inadimplência
Analistas do setor financeiro da Tailândia estimam que os empréstimos bancários vencidos e não pagos totalizem aproximadamente US$ 33 bilhões.

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