São Paulo, quarta-feira, 30 de julho de 1997
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"Tirei um peso das costas"

LUÍS NASSIF
DO CONSELHO EDITORIAL

Gustavo Loyolla tem o ar de um homem livre, depois do pedido de demissão, feito ontem. "Agora está bom", responde à pergunta sobre como está se sentido. "Tirei um peso das costas."
A decisão de sair era antiga, de fevereiro ou março deste ano. A decisão de acelerar o processo foi de um mês atrás. Já tinha comunicado ao presidente Fernando Henrique Cardoso sua decisão de sair, mas ainda não havia dado como questão definitiva.
Loyolla considerou natural a indicação de Gustavo Franco para seu sucessor. Desde a saída de Pérsio Arida, Franco era visto internamente como a solução normal para o Banco Central.
"Não apenas pelas qualidades pessoais, mas pela reafirmação da política atual", explica Loyolla.
Quarentena
Ele considera como seu ponto mais positivo ter evitado a crise bancária.
Como frustração, ter deixado inacabado o projeto de reestruturação interna e externa do Banco Central, e uma nova lei para o sistema financeiro, conferindo autonomia maior ao banco.
Loyolla considerou "excelente" o trabalho da CPI dos Precatórios e garante que vai permitir muita mudança na prevenção de golpes contra o sistema.
No momento, não pensa em buscar emprego. Tem alguns meses de férias pela frente e deverá cumprir quarentena antes de voltar a buscar trabalho novamente.

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