São Paulo, quarta-feira, 30 de julho de 1997
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Para FGV, educação é vital para crescer

Taxa de poupança não seria fundamental

CHICO SANTOS
DA SUCURSAL DO RIO

A explicação frequente de que o Brasil não volta a crescer de maneira acelerada por causa da baixa taxa de poupança interna e externa do país está errada, segundo o editorial da revista "Conjuntura Econômica", da FGV (Fundação Getúlio Vargas), que circula em agosto.
Sob o título de "Educação: Vergonha Nacional", os técnicos do Ibre (Instituto Brasileiro de economia) da FGV destacam a falta de investimentos em educação, ao lado da carência de investimentos em máquinas e equipamentos (capital físico), como o principal problema brasileiro.
O texto da FGV diz que a atual taxa de poupança do país está na casa de 20% do PIB (Produto Interno Bruto), que é a soma do total de riquezas produzidas pelo país em um ano.
Abaixo da média
Com base em um trabalho feito pelo Ipea (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada), órgão do Ministério do Planejamento, os técnicos da FGV mostram que de 1976 a 1995 a taxa de analfabetismo no Brasil caiu menos que a da média dos países emergentes.
Enquanto a redução do número de analfabetos no Brasil foi de 29,2% no período (de 24% para 17%), a média dos países emergentes foi de 45,7%. A Tailândia, por exemplo, reduziu em 77,6% no período 76/95.
Para a FGV, os recursos destinados à educação estão mal direcionados no Brasil. O governo federal destina de 70% a 80% dos seus investimentos em educação para o ensino universitário, quando deveria destinar a maior parte para o primeiro e para o segundo graus.

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