São Paulo, quarta-feira, 30 de julho de 1997
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EUA querem júri internacional

JOÃO CARLOS ASSUMPÇÃO
DE NOVA YORK

O governo norte-americano pretende pressionar Hun Sen, que exerce a liderança política no Camboja, para que aceite levar Pol Pot a um julgamento pela comunidade internacional.
"Desde o início do processo a posição da Casa Branca é mais do que clara. Temos defendido e feito todos os esforços possíveis para que Pol Pot seja julgado, mas queremos um julgamento justo, de acordo com os procedimentos legais", disse James Foley, porta-voz do Departamento de Estado.
O julgamento do ex-líder do Khmer Vermelho da semana passada não foi e nem será reconhecido pelos Estados Unidos.
"Pelas imagens que pudemos ver, foi um julgamento selvagem, seguindo as leis da selva. Não é isto que defendemos", afirmou Foley.
Em outro comunicado à imprensa divulgado ontem, a Casa Branca declarou que não tinha confirmação do paradeiro do ex-ditador Pol Pot.
A ONU (Organização das Nações Unidas), com posição semelhante à dos EUA, condenou o julgamento feito pelo Khmer Vermelho, dizendo que ele foi contrário à política de direitos humanos e às normas pregadas pela instituição.
O Departamento de Estado norte-americano tenta, nas próximas horas, convencer Hun Sen de que o melhor para ele próprio e para a imagem de seu país é entregar Pol Pot a organizações internacionais para que ele possa responder pelos crimes que lhe são atribuídos.

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