São Paulo, quinta-feira, 31 de julho de 1997
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

População de baixa renda é mais atingida

BETINA BERNARDES
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

A preocupação do Ministério da Saúde no momento em relação à Aids diz respeito à população de baixa renda, cada vez mais atingida pela epidemia.
Os dados que o ministério dispõe para medir o nível social se referem apenas à escolaridade.
São classificados como analfabetos 5% dos 71.919 casos de Aids (acumulados de 80 a 97) em que consta o nível de escolaridade na notificação. Têm 1º grau 59% desse grupo; com 2º grau há 22% e, com nível superior, 14%.
Em 87, possuíam 1º grau 39,5% das pessoas incluídas nos casos notificados; 29,3% tinham nível superior. Em 92, a porcentagem dos que tinham apenas 1º grau passou a 58,1%; e a dos de nível superior caiu para 15,6%.
"É muito difícil fazer chegar informação a esse grupo de pouca escolaridade e baixo poder aquisitivo", disse Pedro Chequer, coordenador Nacional de DST/Aids.
O ministério está desenvolvendo um programa piloto no Rio de Janeiro que deve ajudar a traçar as ações do projeto de Controle de DST/Aids, o Aids 2, para o período de junho de 98 a junho de 2002.
A população de baixa renda será um dos enfoques do projeto. No piloto, uma comissão presidida pelo sociólogo Herbert de Souza, o Betinho, está formulando uma política de abordagem dessa população. No primeiro momento, serão incluídos preservativos na cesta básica que é distribuída aos habitantes de baixa renda.
(BB)

Texto Anterior: Epidemia de Aids faz vítimas mais jovens
Próximo Texto: Mulheres são 20% dos casos
Índice


Clique aqui para deixar comentários e sugestões para o ombudsman.


Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.