São Paulo, quinta-feira, 31 de julho de 1997 |
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Rio é único mercado nacional para fuzis
SERGIO TORRES
Não há em São Paulo ou em outras grandes cidades do país apreensões ou informes policiais que indiquem a existência de arsenais de armamentos como os existentes nas favelas cariocas. A Superintendência da PF (Polícia Federal) avalia a situação como decorrente de um "problema conjuntural" específico da maior área urbana do Estado do Rio. Relatório preparado no ano passado pelo delegado federal Antônio Carlos Rayol culpa as políticas de segurança pelo quadro atual de criminalidade. "O crescimento e o estabelecimento desse mercado são fruto de políticas distorcidas (ou absoluta falta delas) por parte de governantes que se sucederam neste Estado", afirma o relatório, obtido pela Folha. Quadrilhas poderosas Na avaliação de policiais ouvidos pela Folha, não há no resto do Brasil quadrilhas tão poderosas como as radicadas no Rio. "Aqui é a terra dos comandos (referência às facções Comando Vermelho e Terceiro Comando), que são muito bem estruturados, mas, pelo que sabemos, não se espalharam para o resto do país. Eles concentram suas atividades por aqui", disse um oficial do serviço secreto da PM (Polícia Militar). Um exemplo do poderio dos traficantes é notado no morro da Mangueira (zona norte do Rio). A quadrilha criminosa da favela, segundo a PM, esconde em arsenais espalhados pelas zonas norte e oeste do Rio cerca de 350 fuzis automáticos, como o AR-15 (norte-americano) e o AK-47 (fabricado na Ásia e em antigos países comunistas da Europa). (ST) Texto Anterior: Marques usaria armas em MT Próximo Texto: Grupo assalta banco em estúdios da Globo Índice |
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