São Paulo, quinta-feira, 31 de julho de 1997 |
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Franco tem imagem de bom negociador
JOÃO CARLOS ASSUMPÇÃO
Analistas da JP Morgan e da Salomon Brothers consideraram positiva para a imagem do Brasil a nomeação de Franco. No período em que foi o responsável pela área internacional do BC, ele ganhou fama de bom negociador. Eles lembraram a importância de Franco na emissão de US$ 3 bilhões de "global bonds", títulos de 30 anos, com vencimento em 2027, que alongou, em junho, o perfil da dívida externa brasileira. George Rexing, da corretora inglesa Robert Fleming, em Nova York, afirmou que o primeiro impacto da nomeação de Gustavo Franco foi positivo. "Assim que saiu a notícia, as ações da Telebrás chegaram até a subir um pouco", disse Rexing. Um dos motivos para a reação tranquila, segundo o operador, foi o fato de o governo brasileiro ter anunciado o nome logo, não dando margem a especulações. Ivan Kraiser, da Fator Securities, também em Nova York, disse que "Gustavo Franco já ditava as regras no BC. Assumir a presidência significa que o governo deve manter a política cambial". Paulo Leme, economista-chefe do banco norte-americano Goldman Sachs, em Nova York, disse que os investidores interpretaram a nomeação de Franco como reafirmação do compromisso do governo com as reformas estruturais e a política cambial. "Para os investidores, Franco é a voz mais ativa e lúcida no país quando se trata da cobrança de avanços nos elementos do Plano Real que estão mais atrasados, principalmente o ajuste fiscal e o uso da receita das privatizações na redução da dívida pública." Suhas Ketkar, chefe do departamento de economia da América Latina do First Boston, em Nova York, disse que a mudança no BC não deixou ninguém nervoso nos mercados internacionais. "Franco é um nome respeitado na comunidade financeira." Colaborou a Reportagem Local Texto Anterior: Serra sabatinará presidente do BC Próximo Texto: Malan não descarta novas mudanças Índice |
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