São Paulo, quinta-feira, 31 de julho de 1997
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

Hamas prometeu fim do terror

DAS AGÊNCIAS INTERNACIONAIS

Apesar de, no final do ano passado, ter dito que iria gradualmente abandonar as ações violentas, o grupo radical islâmico Hamas tem realizado a maior parte dos atentados ocorridos em Israel nos últimos meses.
O grupo nasceu em 1987 como um movimento pacífico. Três anos depois, surgia seu braço armado, as brigadas Izz el Din al Qassam (nome de um militante palestino morto em 1935 pelos britânicos).
O Qassam seria formado por algumas centenas de militantes, organizados em grupos de cinco militantes. As brigadas defendem a guerra santa, jihad, e pregam que todo judeu deve ser morto.
O Hamas (Movimento de Resistência Islâmico) se opõe aos acordos assinados entre palestinos e israelenses. Os acordos deram origem ao processo de paz e significaram a criação da Autoridade Nacional Palestina.
Em dezembro, o grupo disse que iria pôr fim a suas ações violentas.
Líderes do Hamas disseram que a menção à "jihad" seria retirada dos estatutos do movimento.
As ações violentas só não seriam banidas em definitivo para não despertar a oposição da ala radical do movimento. A persistência dos atentados, porém, aponta para uma fragmentação do grupo. Seus núcleos mais radicais agem de forma independente da cúpula política do movimento. Só neste ano, o Hamas praticou dois grandes atentados -o de ontem e o de março em Tel Aviv, quando morreram quatro pessoas.

Texto Anterior: Governo Netanyahu é marcado por crises
Próximo Texto: REPERCUSSÃO
Índice


Clique aqui para deixar comentários e sugestões para o ombudsman.


Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.