São Paulo, quinta-feira, 31 de julho de 1997
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Governo Netanyahu é marcado por crises

DAS AGÊNCIAS INTERNACIONAIS

O atual governo de Israel, iniciado na metade do ano passado, é marcado pelos diversos tumultos por que passou até agora.
Além das reiteradas crises nas relações com os árabes, o primeiro-ministro Binyamin Netanyahu esteve próximo de perder o poder por mais de uma vez por pressão da oposição ou por divergências no seio da coalizão que o sustenta.
Na mais grave crise, iniciada no começo deste ano, Netanyahu foi acusado por um canal de TV israelense de tráfico de influência.
Em janeiro, o premiê nomeou para o cargo de procurador-geral Roni Bar-On. Segundo o Canal 1, a nomeação foi trocada pelo apoio do partido de direita Shas a um acordo com os palestinos.
O líder do partido, Aryeh Deri, conseguiria proteção de Bar-On, seu amigo, em processos nos quais era acusado de corrupção.
Netanyahu negou as acusações, mas a polícia pediu que fosse aberto um processo contra o dirigente. A Procuradoria Geral, em abril, acabou rechaçando a recomendação. O final definitivo da crise, porém, só viria em 16 de junho, quando a Suprema Corte julgou improcedente recurso proposto pela oposição contra a decisão da Procuradoria Geral.
A paz de Netanyahu duraria pouco -3 dias. Em 19 de junho, a renúncia do então ministro das Finanças, Dan Meridor, deu início a outra fase tumultuada.
Na primeira crise, dois partidos governistas ameaçaram abandonar o premiê, deixando sua base parlamentar minoritária. Os partidos acusaram Netanyahu de não cumprir acordos da coalizão. A crise foi sufocada em 7 de julho.
Outra crise surgiu na definição do nome do sucessor de Meridor.
As sucessivas crises abalaram a popularidade do premiê. Em pesquisa divulgada em junho, 74,9% dos israelenses queriam a coalizão de Netanyahu fora do poder.

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