São Paulo, sexta-feira, 1 de agosto de 1997
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Médicos discutem a 'duração' da vacina

MALU GASPAR
DA REPORTAGEM LOCAL

A epidemia de sarampo em São Paulo está estimulando discussões nas universidades e entre os profissionais da área de infectologia sobre o prazo em que a imunidade contra o sarampo é garantida.
O fato de haver muitos adultos infectados e, entre eles, alguns que já haviam tomado a vacina alertou os médicos para a possibilidade de a imunidade já ter diminuído ou mesmo acabado.
Como o Programa Nacional de Imunizações no Brasil tem apenas 23 anos de implantação, só agora começam a aparecer pessoas que foram imunizadas há mais de 20 anos, cujos anticorpos poderiam ser pesquisados.
Por enquanto os técnicos ainda trabalham com a hipótese de que a vacina ofereça proteção permanente.
"Achávamos que a imunidade era permanente, mas agora estamos tendo a sensação de que isso não ocorre", afirma Marcos Boulos, infectologista do Hospital das Clínicas de São Paulo.
Para ele, será preciso estudar todas as pessoas que foram vacinadas há mais de 20 ou 30 anos e saber o quanto a vacina ainda protege depois desse tempo.
Segundo seu diretor, o CVE planeja um estudo com a população adulta atingida pela epidemia para traçar o seu perfil, conferindo in loco o potencial da imunidade da vacina contra o sarampo.
(MGs)

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