São Paulo, sexta-feira, 1 de agosto de 1997 |
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Bovespa cai e contraria as expectativas
VANESSA ADACHI
Na avaliação de analistas e operadores, a queda ocorreu sem que houvesse alguma razão aparente. Alguns notaram que desde o último dia 24 a captação dos fundos de ações caiu cerca de 50%. Elas haviam se recuperado após a forte queda registrada pela Bolsa há algumas semanas. Comentava-se ontem que o Banco Central teria confirmado que outras corretoras e distribuidoras serão liquidadas, numa continuação do episódio dos precatórios. Operadores citaram esses boatos como possível causa da baixa. Coelba Nem mesmo o ágio de 77,38% na privatização da Coelba, que refletiu o grande interesse dos investidores pelo setor elétrico, ajudou. O ágio projetado antes do leilão estava em torno de 30% a 40%. Portanto, disseram analistas, a confirmação de um ágio muito superior deveria impulsionar as cotações. Os papéis da própria companhia de energia baiana caíram. Coelba ON chegou a registrar valorização de 3,6% após o leilão, mas recuou para fechar com queda de 5,4%. Algumas outras ações do setor elétrico reagiram positivamente, atendendo às expectativas. Cesp subiu 5,4%, Copesul se valorizou 3,5% e CPFL teve alta de 2.3%. Nos últimos dias, analistas ouvidos pela Folha vinham dizendo que as elétricas seriam alavancadas se o ágio da Coelba fosse muito alto. Entre as ações mais negociadas, Telebrás PN caiu 1,22%, Petrobrás PN recuou 1,79% e Eletrobrás PNB teve baixa de 1,38%. Os papéis do Bradesco, que subiram na quarta-feira após a divulgação do lucro de R$ 443 milhões no semestre, caíram 2,08%. O volume negociado ficou abaixo da média dos últimos dias. O número oficial de R$ 1,18 bilhão foi "inchado" pelo leilão de Sabesp ON, que representou R$ 406 milhões. O mesmo aconteceu na Bolsa do Rio, que registrou um volume de R$ 1,79 bilhão, dos quais R$ 1,73 bilhão correspondeu à privatização da Coelba. A Bolsa de Nova York também fechou em baixa. O índice Dow Jones, que reúne as 30 ações industriais mais negociadas, caiu 0,39%. Texto Anterior: Brasil paga US$ 200 mi hoje ao Clube de Paris; Credit Suisse não vai assumir Investcorp; Suframa pode retomar projetos paralisados; Ministros participam de seminário no ABC Próximo Texto: Banespa desiste de acordo com a Encol Índice |
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