São Paulo, sexta-feira, 1 de agosto de 1997 |
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Polícia não descarta simulação de assalto por Eurico Miranda
SERGIO TORRES
O delegado-titular da 9ª DP, Jamil Bughi, disse ontem à Folha que, apesar de considerar remota a hipótese de Miranda (vice-presidente de futebol do Vasco) ter forjado o assalto, investiga a suspeita. "É a hipótese mais remota, mas não está descartada. Não tem nada impossível no mundo. Temos de ver a questão sob todos os ângulos", afirmou o delegado. O assalto a Miranda teria ocorrido na noite de domingo, após a partida em que o Vasco ganhou do Flamengo por 1 a 0, no estádio do Maracanã (zona norte do Rio). Miranda contou que saiu do estádio com parte do dinheiro a que o Vasco teve direito na renda do jogo. Ele calculou a quantia em cerca de R$ 75 mil. Miranda estava acompanhado por cinco seguranças particulares. Mesmo assim, quatro ladrões armados com fuzis o teriam assaltado, fugindo com o dinheiro sem que os seguranças esboçassem qualquer reação. Antes de fugirem no Santana branco placas LJI-9360, os assaltantes teriam disparado três tiros para o chão e para o alto. A 9ª DP sabe desde segunda-feira que o Santana não consta da relação de carros roubados. O Santana é de Terezinha Moraes, 62, moradora de Copacabana (zona sul). Apesar de há três dias conhecer a identidade da dona do carro, só ontem à tarde o delegado mandou uma equipe procurá-la. Terezinha negou estar envolvida com o roubo, e a polícia crê em sua inocência. Os ladrões teriam usado um carro parecido com o de Terezinha, com placas falsas. Ela foi convocada a prestar depoimento. O delegado descartou o envolvimento de uma ambulância da clínica Unicor no assalto, conforme disse o deputado. "A ambulância estava lá por acaso. Não teve nada com o assalto", afirmou Bughi. Texto Anterior: Brasil esportivo Próximo Texto: O futebol precisa de uma lei universal Índice |
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