São Paulo, sexta-feira, 1 de agosto de 1997 |
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'Big' Al Braverman
EDUARDO OHATA
A maior perda de King, entretanto, foi a morte, em meados de julho, de um importante auxiliar, "Big" Al Braverman. Braverman era diretor da Don King Productions. Ao conviver com tubarões como King, Braverman aprendeu que era necessário ser esperto para sobreviver. Uma de suas histórias favoritas aconteceu na década de 50. Braverman ajudava a organizar uma programação cuja principal atração seria uma luta entre um irlandês e um italiano. O promotor do evento lhe prometeu 15% da bilheteria. No dia da luta, Braverman ligou para o promotor e, imitando um irlandês, disse ter "seis ônibus lotados de gente querendo entradas para a luta." Minutos depois, ligou novamente e, imitando um italiano, afirmou que estaria levando 150 torcedores. "A poucas horas do início da programação, o promotor estava certo de que a casa estaria cheia. Querendo levar vantagem, ele pergunta se eu não gostaria de receber US$ 700,00 fixos em vez dos 15%." Braverman aceitou a proposta e ganhou muito mais que os 15% sobre a bilheteria geraram. O show, como ele previa, foi um fracasso. Graças a truques como esse, Braverman ficou por mais de 50 anos no boxe. Braverman pode não ter sido uma das pessoas mais justas ou moralmente corretas do mundo. Mas ele era um sobrevivente e, indubitavelmente, faz parte da história e folclore do boxe. Texto Anterior: O futebol precisa de uma lei universal Próximo Texto: Amador; Profissional 1; Profissional 2 Índice |
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