São Paulo, sexta-feira, 1 de agosto de 1997
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Etapa carioca do Mundial bate o recorde de duelos entre 'clãs'

Nove irmãos disputam hoje primeiros treinos no Rio

MARCILIO KIMURA
ENVIADO ESPECIAL AO RIO

O GP do Rio de motociclismo terá o número recorde de irmãos participando em uma etapa do Mundial, com a inclusão do irmão de Alexandre Barros.
César Barros participará da prova das 125 cc como convidado. A Honda do Brasil incluiu na prova os três pilotos mais bem colocados no Brasileiro de 125 cc.
No total, nove irmãos disputarão as três corridas, domingo, em Jacarepaguá. Três japoneses (Nobuatsu, Takuma e Harushika Aoki), os dois brasileiros, dois norte-americanos (Kurtis e Kenny Roberts Jr.) e dois espanhóis (Eustaquio e Idalio Gavira).
O destaque é para o clã Aoki. Nobuatsu é o vice-líder e Takuma, o 6º colocado nas 500 cc. Haruchika foi o único japonês a conquistar um título mundial. É tricampeão das 125 cc. Este ano estreou nas 250 cc e está em 7º lugar. É a família de maior rivalidade.
"Nós não falamos sobre técnicas de pilotagem. Como mais velho, passo somente alguma informação sobre os circuitos e o campeonato", disse Nobuatsu.
"Somos rivais. Tudo que se refere às corridas é segredo", acrescentou o caçula Haruchika. Takuma concorda, mas é mais ameno.
"A presença dos irmãos nos torna mais fortes. Nosso objetivo é que todos disputem as 500 cc e terminemos o Mundial na frente."
Os Barros são mais unidos. Apesar de ter 24 anos, esta é a temporada de estréia de César. Alexandre, 26, tem 18 anos de carreira.
"Foi ele que me convenceu a correr. Antes, trabalhava no açougue de meu pai", contou César, cujo objetivo no Rio é modesto: chegar entre os 20 primeiros.

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