São Paulo, sexta-feira, 1 de agosto de 1997
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Cultura lembra 100 anos de Pixinguinha

Músico é homenageado em dois programas

DA REDAÇÃO

A Rede Cultura está com uma programação especial para homenagear o centenário do compositor Pixinguinha.
A programação inclui dois programas na noite de hoje. Um deles é "A Benção Pixinguinha" (22h30), gravado no Sesc (Serviço Social do Comércio) com o músico Paulo Moura, e "MPB Especial" (23h30), com o conjunto Época de Ouro e a participação de Paulinho da Viola.
No primeiro programa, que é inédito, o saxofonista interpreta parte da obra de Pixinguinha e revive o conjunto Oito Batutas, grupo que se apresentou vários anos com o compositor.
No "MPB Especial" (uma reapresentação), Paulinho da Viola conta histórias do Época de Ouro, conjunto criado em 1966 por Jacob do Bandolim para acompanhar Pixinguinha.
Foi em agosto de 67 que, pela RCA, o Época de Ouro gravou "Vibrações", onde aparecem interpretações de Jacob do Bandolim para "Lamento" e "Ingênuo", de Pixinguinha.
Quem foi Pixinguinha
Alfredo da Rocha Viana Filho, o Pixinguinha, nasceu no Rio em 23 de abril de 1897.
Seu apelido surgiu da fusão de Pizindim -nome pelo qual sua avó o chamava, que significa "menino bom" em um dialeto africano- e Bexiguinha, apelido que ganhou após contrair varíola.
O autor de "Carinhoso" era filho de um flautista que, além de sempre reunir amigos músicos em casa, tinha um grande acervo de choros antigos.
Aos 15 anos, Pixinguinha estreou na Orquestra do Cine-Teatro Rio Branco. A partir daí, passou a ser requisitado para tocar em teatros, circos e também em orquestras de cinema.
Como solista e compositor, estreou gravando a valsa "Rosa" e o choro "Sofres Porque Queres". Pixinguinha morreu no dia 17 de fevereiro de 1973, após seu segundo infarto -o primeiro ocorrera nove anos antes.

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