São Paulo, domingo, 3 de agosto de 1997
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Casos de depressão vão aumentar

JAIRO BOUER
ESPECIAL PARA A FOLHA

Os desafios para o tratamento da depressão nos próximos anos vão aumentar. Considerada hoje como a quarta doença que mais gera incapacitação para o trabalho, em 2020, ela deverá ocupar o segundo posto, perdendo para as doenças cardio-vasculares.
As estimativas apontam para cerca de 110 milhões de pessoas sofrendo de depressão no mundo. Durante a vida, 8 a 12% dos homens e 20 a 26% das mulheres vão enfrentar, pelo menos, uma fase de depressão. E 50 a 80% dessa população vão ter mais uma crise.
Denise Gama de Souza explica que, além da busca de antidepressivos mais potentes, a pesquisa de preditores de resposta (parâmetros que digam que pacientes respondem melhor a que tipo de droga) deve ser intensificada.
Saber hoje qual dos cerca de 30 antidepressivos disponíveis no mercado se ajusta melhor a cada tipo de depressão e às características de cada paciente não é das tarefas mais fáceis.
Segundo Denise, trabalhos para avaliar o papel dos novos remédios na manutenção dos pacientes também devem ser aprimorados.
Especialistas reunidos em junho em Nice (França), no último congresso mundial de psiquiatria biológica, também discutiram como deve ser a escolha de um segundo antidepressivo caso o primeiro acabe falhando. Eles apontam que, ao invés de usar uma droga do mesmo grupo, o ideal seria buscar um remédio que tenha um perfil de ação distinto.
(JB)

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