São Paulo, domingo, 3 de agosto de 1997
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TELÊ SANTANA

A possível venda de Denílson ao Barcelona, por cerca de US$ 35 milhões, comprova uma teoria que tenho sobre o futebol profissional. As categorias de base devem ser prioridade dos clubes sérios.
Eu explico. Denílson custou quase nada ao São Paulo, já que iniciou sua carreira nas categorias inferiores do clube. Só custos com alimentação e transporte, mínimos.
Fui eu que dei a primeira oportunidade a ele. Vi o Denílson jogando no juvenil e o chamei para treinar com os profissionais. E isso não faz muito tempo.
Uma convocação para a seleção e já é o jogador mais caro do mundo. Claro que ele tem talento para isso. Mas quantos outros jogadores promissores não se perderam por causa da falta de estrutura da maioria das equipes? Acho que muitos...
Clubes como Flamengo e Fluminense tinham uma tradição muito grande em revelar atletas. Grandes nomes do esporte saíram desses dois clubes. Eu mesmo comecei no Fluminense.
De um tempo para cá começaram a não dar tanta importância. Coincidência ou não, deixaram de conquistar tantos títulos como antes.
O Fluminense quer dar um basta nisso. Já está pensando em voltar a investir nas categorias inferiores. Bom!
*
A venda do Denílson levanta uma questão que deixa os amantes do bom futebol preocupados. O que estará acontecendo com o Giovanni?
Pensei que ele teria mais sucesso no Barcelona que o Ronaldinho. Enganei-me.
O Giovanni tem um talento indiscutível. Qualquer time do mundo gostaria de contar com ele. Acho que o time espanhol deveria ter dado mais chances para ele.
Bem, sorte do São Paulo.
*
Mesmo sendo realizado no meio do Campeonato Brasileiro e nascido sob suspeita (lembram-se do Ivens Mendes?), aprovo a realização da Copa Centenário.
São poucas as oportunidades que temos para observar equipes como Milan e Benfica. Moro em Belo Horizonte. A cidade está empolgada com a competição. Eu também.

E-mail: tele@construtel.com.br

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