São Paulo, domingo, 3 de agosto de 1997
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Arquitetos acompanham construções

CECÍLIA SAYAD
DA REDAÇÃO

O trabalho do arquiteto contratado para fazer a planta de uma casa pode variar segundo o tipo de projeto que ele apresenta ao cliente e a forma como ele acompanha o processo de construção.
Segundo o vice-presidente do Instituto dos Arquitetos do Brasil, José Luiz Tabith, 35, o trabalho do arquiteto pode restringir-se à apresentação de uma planta para ser aprovada pela prefeitura ou consistir na apresentação de um projeto mais detalhado.
Um projeto arquitetônico é feito por etapas. A primeira é um estudo preliminar apresentado ao cliente, que será também submetido à aprovação da prefeitura.
A segunda fase é o anteprojeto, que traz detalhes de instalações elétrica e hidráulica e tipos de estrutura para serem aprovados por um engenheiro. Finalmente, o projeto executivo traz dados de acabamento, como detalhes de cozinha e banheiro, vidros e piso.
O arquiteto Gabriel Matravolgyi, 33, jamais restringe a sua atuação ao projeto para a prefeitura. "Não é o espírito da profissão", diz. Ele acompanha todos os passos da construção, o que o levou, inclusive, a abrir uma construtora.
"A empresa existe pela necessidade que o cliente tinha de que o arquiteto construísse", afirma.
Eduardo Salata Orsi, 41, que possui escritório em Ribeirão Preto, também acompanha as obras baseadas em projetos de sua autoria.
"O acompanhamento é importante para estabelecer uma ligação entre o engenheiro e o arquiteto", o que, segundo ele, permite que o projeto seja seguido à risca.
"O proprietário sai ganhando, pois evita custos não previstos no orçamento", completa.
Os critérios de cobrança adotados são basicamente os mesmos.
Em geral, é cobrada uma taxa sobre a metragem da casa multiplicada pelo valor de construção do m2.
Assim, se o m2 de construção de uma casa custa R$ 447 (valor para construções de padrão normal estabelecido pelo Sindicon -sindicato da costrução civil) e a casa tem 150 m2, o arquiteto pode cobrar de 3,5% a 15% (segundo profissionais consultados pela Folha) sobre R$ 67 mil (custo final).
Cada profissional estabelece uma margem de variação para essa taxa, determinada pela metragem da casa e pela complexidade do projeto. Segundo Matravolghyi, que cobra de 5% a 12%, quanto maior a casa, menor a taxa.
Os interessados em fazer reformas também precisam obter a aprovação do projeto pela prefeitura, ainda que a área da construção não seja alterada.
Em São Paulo, a autorização para a reforma (ou alvará) deve ser solicitada às administrações regionais de cada bairro.

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