São Paulo, domingo, 3 de agosto de 1997
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Projeto gráfico puxa receita em até 50%

DA REPORTAGEM LOCAL

As empresas de design gráfico estão faturando até 50% a mais com a demanda atual por projetos.
A Z Graph, que cria principalmente embalagens, é uma das que informam ter registrado esse crescimento em relação a 96.
"As empresas estão investindo na apresentação dos produtos", afirma Estanislau Perez, 30, sócio.
Segundo ele, o faturamento da Z Graph chega aos R$ 50 mil mensais. A empresa, criada há quatro anos, emprega cinco funcionários.
A Z Graph desenvolve os projetos em computadores, usando programas como Corel Draw, Page Maker, Photoshop e 3D Studio.
O projeto de criação de uma embalagem, que pode custar até R$ 30 mil, leva de dois meses a um ano, segundo Perez, engenheiro e publicitário. "O mercado está concorrido, mas há oportunidade."
Foi com essa perspectiva que o publicitário João El Helou, 30, reuniu mais duas sócias -arquitetas- para criar a Klaumon Forma.
A empresa, fundada em 92, atua principalmente no projeto de catálogos, anúncios e folhetos técnicos. "O número de pedidos cresceu cerca de 30% sobre 96."
O projeto de um logotipo custa R$ 2.000, em média. A Klaumon Forma emprega três funcionários, tem seis computadores e um faturamento mensal de R$ 15 mil.
Assim como Helou, boa parte dos designers gráficos não tem formação acadêmica específica para atuar na área. Mas a procura por esses cursos tem crescido.
"O número de interessados tem aumentado cerca de 30% ao ano", afirma Massimo Bicchi, 48, diretor-geral de ensino da Escola Panamericana de Arte, que oferece o curso desde 89, em São Paulo.
Cerca de 450 estudantes devem se formar neste ano. Eles obtêm habilitação em comunicação visual. "Há um projeto no Congresso para regulamentar a profissão de designer", informa Bicchi.
Na FAU-USP, a disciplina de programação visual é uma das optativas mais procuradas por alunos de arquitetura. "Existe um movimento que defende a criação de uma escola de design na USP", diz Vicente Gil, 47, professor.
Agências e escritórios são os principais destinos desses formandos. "Normalmente eles só montam um negócio próprio após três anos de experiência", diz Bicchi.

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