São Paulo, domingo, 3 de agosto de 1997
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Mulheres aderem aos jipões

Robustez é a virtude

DA REPORTAGEM LOCAL

Grande e robusto. Esse é o perfil do carro das mulheres que estão aderindo aos utilitários esportivos, os jipões. Mais que modismo, eles conquistaram parte do público feminino por virtudes como conforto, resistência para enfrentar buracos, posição alta de dirigir e grande espaço interno.
Ana Cláudia Olivetti, gerente da revenda Izzo, diz que cresceu muito o número de consumidoras e usuárias do Grand Cherokee.
Segundo as estimativas da loja, entre 30% e 40% dos Cherokee vendidos são para mulheres. Em 96, esse número era de 5%.
A administradora médica Silene Gil Rodrigues Zanetti, 32, concorda com esse crescimento. "Tenho visto muitas mulheres que estão aderindo a esse tipo de veículo."
Silene ganhou do marido uma Blazer V6. Ela diz que se apaixonou pelo design, segurança e conforto oferecidos pelo carro. "Você se sente mais segura, não parece vulnerável a acidentes", completa.
A dona de casa Neide Correia Bucci Casari, 40, vai mais longe."Acho que tem mais mulher que homem dirigindo esse carro", diz a dona de um Ford Explorer 97, adquirido devido a constantes viagens ao sítio em Campinas (SP).
A atriz Alexia Dechamps, 28, é uma apaixonada por esses carrões. Tem um Mitsubishi Pajero desde 95, que usa diariamente nas ruas do Rio de Janeiro. "Sempre tive vontade de ter esse tipo de carro, alto e forte."
A maior vantagem para a atriz é a robustez. "Com ele, não tenho dó de cair em buraco." E completa: "Nossas ruas não foram feitas para BMW ou Audi". Seu interesse por jipões já a levou a participar de um rali, em 95, quando tirou o primeiro lugar entre as mulheres.
A contadora Nancy Stefano Palma, 46, que já teve Bonanza e D20, hoje é dona de um Cherokee. Ela abandonou a Blazer porque, segundo ela, "não andava". "No Cherokee, parece que você está numa poltrona de avião."
A fazendeira Conceição Jorge Luis, 60, mora em Goiânia e gosta de levar a filha e os dois netos no Explorer 4x4 até sua fazenda, a 450 km de casa. "Além disso, eu vou e volto carregada (de carga) da fazenda", acrescenta.
A empresária Maria Inês Grassi escolheu um Nissan Pathfinder há dois anos, por ser um esportivo confortável e por resolver seu problema na hora de transportar um de seus cinco pastores alemães.
Na contramão
A jornalista Marília Gabriela, 49, é uma das que escolheram o jipão pela necessidade e não pelo prazer. Na cidade ela usa um veloz Audi S6, mas reserva seu Cherokee para estradas sem asfalto de Campos do Jordão (SP). "Esse carro você não tem pena de botar nos buracos."
A programadora visual Flávia Junqueira Pedras Soares, 33, mulher de Jô Soares, só optou pelo espartano Defender 110, da Land Rover, para usar no trabalho, em razão do grande espaço para carga e da robustez. "Ele aguenta bem o tranco nos buracos de São Paulo."

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