São Paulo, domingo, 3 de agosto de 1997 |
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Cherokee mostra praticidade e consumo alto
JOSÉ CARLOS CHAVES
O desempenho não é nada tímido, segundo o teste feito pela Folha e pelo Instituto Mauá de Tecnologia. Comparando com o sedã Ford Taurus 3.0 V6, que também tem câmbio automático, o Cherokee se equipara, apesar de mais pesado e de ter a mesma potência. Acelera de 0 a 100 km/h em 9,99 s, quase o mesmo que o Taurus (10,01 s). Nas retomadas, perdeu por pouco. Foi de 40 km/h a 120 km/h em 12,07 s, contra 11,04 s. No consumo, mostrou que é beberrão: gastou 4,2 km/litro na cidade. A suspensão absorve com muita competência os piores buracos das ruas, apesar dos robustos eixos rígidos, que garantem resistência pra enfrentar trilhas. A tração nas quatro horas é permanente, com opção de engrenagem reduzida. Já a direção, bem macia em manobras, fica devendo em precisão. No interior, o revestimento é de um elegante couro bege, com detalhes em madeira no painel e nas portas. O painel é completo, mas poderia ser mais prático e visualmente menos poluído. Em outros carros, menos botões e luzes fazem o mesmo efeito da parafernália de comandos encontrada no jipão. Os bancos, dianteiros e traseiros, acomodam muito bem motorista e passageiros. Para quem vai atrás, a cabeça está longe do teto, mas as pernas ficam em posição elevada. Ponto negativo para o enorme estepe no porta-malas, que rouba muito espaço para cargas. Poderia ser instalado do lado de fora, sob a traseira, como nos concorrentes. O banco traseiro, porém, é rebatível e parte-se em dois, ajudando na tarefa de levar grande volumes. Pequenos detalhes ajudam a tornar o dia-a-dia do motorista mais agradável e prático. Há várias luzes de cortesia, o vidro traseiro pode ser aberto independente da tampa do porta-malas, o bagageiro no teto é facilmente ajustável e sobra espaço nos porta-objetos. Texto Anterior: Mulheres aderem aos jipões Índice |
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