São Paulo, segunda-feira, 4 de agosto de 1997
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Vestibular concorrido; Fogueira das vaidades; Sombra pefelista; Muitos inimigos; Aposta atual; Na mão de FHC; Estilo mineiro; Faz sentido; DNA rejeitado; Ah! Eu tô maluco!; Algo errado; Maluco vota em maluco; Dedo mindinho; Saída anunciada; Sem medo de ser feliz; Expansão nipônica

DE JACQUES WAGNER (PT-BA), SOBRE A CRISE DAS PMS:

Vestibular concorrido
Tucanos próximos a FHC já vislumbram uma guerra entre ministros no eventual segundo mandato do tucano. Devem ser ministros Luís Eduardo, José Serra, Tasso Jereissati e Paulo Renato. Todos querendo disputar o Planalto em 2002.

Fogueira das vaidades
Fora os ministeriáveis do eventual segundo mandato de FHC que já demonstram apetite para 2002, a equipe deverá contar com outras estrelas: Serjão, Malan e um peemedebista (falam em Michel Temer na Justiça).

Sombra pefelista
Luís Eduardo Magalhães (PFL) está em uma encruzilhada. ACM gostaria de vê-lo governando a Bahia. Mas o deputado prefere o mundo político brasiliense. E ganha força a tese de disputar o Senado e de ser ministro de FHC.

Muitos inimigos
Após a derrota na eleição de 96, Serra poderia pavimentar sua candidatura presidencial como ministro. FHC avalia nomeá-lo para o Itamaraty, levando comércio exterior junto. Problema: Tasso possui mais apoio entre os dirigentes do PSDB.

Aposta atual
Quando temeu pelo resultado da emenda da reeleição, FHC concluiu que, se tivesse que apresentar um candidato em 98, escolheria Tasso. O presidente o quer na área social. Lembrança: foi convidado a suceder Jatene.

Na mão de FHC
Paulo Renato (Educação) continua em ascensão no PSDB. Se, ao final de oito anos, conseguir mostrar resultado concreto na Educação, poderia ser candidato. Mas FHC precisaria bancar sua indicação pelo partido.

Estilo mineiro
No PSDB, há quem preveja que Pedro Malan pode ser presidenciável em 2002. Se a estabilidade se consolidar de forma sustentado, mostrando que a aposta econômica atual foi a mesmo a mais correta, ele teria chance.

Faz sentido
Maldade tucana: já que Antônio Britto (PMDB-RS) reclama que não tem dinheiro para atender demandas sociais, poderia cancelar o "assentamento" da General Motors em vez de pedir recursos ao governo federal.

DNA rejeitado
Maluf vai encontrar um guerra entre caciques do malufismo. Eles começam a se responsabilizar mutuamente pelo que julgam fracasso da gestão Pitta na Prefeitura de São Paulo.

Ah! Eu tô maluco!
O Ministério da Saúde concluiu um levantamento sobre as consultas no SUS (Sistema Único de Saúde). O Estado do Rio tem o maior índice de procura por psicólogos e psiquiatras.

Algo errado
No ranking de consultas por especialidade médica do SUS, a Bahia é a campeã em cesarianas. Lá, quase não há parto normal.

Maluco vota em maluco
O estudo do SUS mostrando que o Rio ficou em 1º lugar nas consultas de quem está com a mente abalada fortalece as chances da candidatura de Cesar Maia (PFL) ao governo estadual.

Dedo mindinho
Uma das prioridades de campanha de FHC, a segurança pública tem R$ 790 mi autorizados no Orçamento de 97. É 30% menos do que o governo gastou em 96, diz Paulo Bernardo (PT-PR), da Comissão de Orçamento.

Saída anunciada
Petistas dizem que Erundina disputará uma vaga na Câmara pelo PT em 98. Mas manterá as portas do PSB abertas para uma eventualidade: a falta de legenda para tentar a Prefeitura de São Paulo em 2000, por exemplo.

Sem medo de ser feliz
Luiz Gushiken (PT-SP), que anunciou que não disputará a reeleição à Câmara, já tem futuro garantido. Ele deverá ser o presidente de um fundo de pensão que está sendo criado pelos sindicatos de bancários.

Expansão nipônica
O Banco do Brasil abrirá uma agência em Nagoya, de olho no dinheiro dos dekasseguis, brasileiros descendentes de japoneses que trabalham no Japão. O BB já está em Tóquio e Hamamatsu.

TIROTEIO
- A preservação da autoridade civil do Tasso Jereissati foi correta, mas FHC, ao invés de dar os parabéns ao governador, deveria buscar uma saída social para o salário e o desemprego, que estão na origem dessa crise.

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