São Paulo, segunda-feira, 4 de agosto de 1997 |
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Lei de trânsito depende de educação
LUCIANA CONSTANTINO
Esse foi o principal item apontado pelos seis palestrantes que participaram, na última segunda-feira, do evento "Novo Código de Trânsito: Cidadania x Violência", promovido pela Folha. Dados mostrados pelo secretário-executivo do Grupo de Redução de Acidentes de Trânsito do governo federal, José Roberto de Souza Dias, mostram que os custos com acidentes no ano passado foram de US$ 4,5 bilhões. "Só a lei não vai mudar quase nada. É preciso que os cidadãos respeitem as normas", disse Dias. Para ele, há novos desafios, como a capacitação dos agentes do setor. O novo código prevê 95 tipos de infrações. "O código terá duas maneiras de controlar a violência no trânsito: a prevenção e repressão", disse Vera Andrade, professora de direito penal da Universidade Federal de Santa Catarina. Para o médico Dario Birolini, responsável pelo pronto-socorro do Hospital das Clínicas de São Paulo, além do processo educativo, será necessário aplicar punições para "disciplinar" o trânsito. Já o presidente da Associação Brasileira dos Departamentos de Trânsito, Antonio Carlos de Carvalho, acha importante orientar os agentes que trabalham no setor. O secretário nacional dos Direitos Humanos, José Gregori, disse que a questão do trânsito se tornou um problema prioritário na política desenvolvida por sua pasta, ligada ao Ministério da Justiça. Para Maria Edi Gonzaga, presidente da Fundação Thiago Moraes Gonzaga (RS), a redução dos acidentes, principalmente com jovens, está ligada à conscientização. Gonzaga disse acreditar que imprudência e álcool são os principais causadores de mortes no trânsito. Texto Anterior: Carros antigos respeitam mais Próximo Texto: FRASES Índice |
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