São Paulo, segunda-feira, 4 de agosto de 1997 |
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Doohan vence, mas adia o tetra mundial
MARCILIO KIMURA
Além da vitória, o piloto da Repsol Honda precisava que seu companheiro de equipe, Takayuki Okada, não ficasse entre os sete primeiros, e Nobuatsu Aoki, da Rheos Honda, entre os nove. Okada, que fez o recorde da pista (1min51s928), terminou em segundo, 706 milésimos de segundo atrás de Doohan. Aoki chegou em quarto lugar. "Foi das provas mais disputadas da temporada. O Okada rodou melhor no início, mas consegui manter a posição", disse Doohan. O segundo piloto da equipe disse que poupou os pneus. "Eles estavam muito sensíveis à alta temperatura. Manter a segunda posição foi bom para o título do Doohan." Com o segundo lugar, o japonês é o novo vice-líder do campeonato, com 129 pontos, somente três a mais que seu compatriota Aoki. Líder absoluto, o australiano tem 245 pontos e só precisa da sétima colocação na próxima etapa, na Alemanha, para levar o título. O brasileiro Alexandre Barros (Honda Gresini) errou na última curva e sofreu uma queda a 100 m da linha de chegada, quando estava em oitavo (leia texto abaixo). Em terceiro ficou o italiano Luca Cadalora (Red Bull), mais de 23 segundos atrás de Doohan. Doohan voltou a criticar o autódromo. "A pista não mudou nada de sexta-feira à tarde para cá. Pelo contrário. O desgaste foi maior, e as ondulações aumentaram." Romário O atacante Romário, do Valencia, da Espanha, entregou o troféu para o segundo colocado, Tadayuki Okada. Doohan disse nunca ter ouvido falar do jogador. "Conhecia o Ronaldo (Ronaldinho)." "É normal reis, rainhas e presidentes entregarem prêmios. Se o Romário for legal, tudo bem." Sobre o público regular -cerca de 26,5 mil-, o tricampeão mundial disse que é normal o diferente número de pessoas em cada país. "É questão de costume. O Brasil está se habituando cada vez mais." Alexandre Barros responsabilizou o marketing, segundo ele, "fraco e feito em cima da hora". Moacir Galo, diretor da Vadam International, que organiza o evento, disse que o problema não foi o preço dos ingressos (de R$ 5,00 a R$ 30,00). "Tivemos mais público na arquibancada mais cara. O problema é que o motociclismo não tem apelo e tradição no Brasil." Segundo Galo, o GP deste ano não deu prejuízo, ao contrário das duas edições anteriores. Estas últimas contabilizaram juntas um saldo negativo de R$ 1,7 milhão. Texto Anterior: Ranking; Mundial; Levantadoras Próximo Texto: Barros faz a pior corrida do ano Índice |
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