São Paulo, segunda-feira, 4 de agosto de 1997 |
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Empresário diz não saber quanto pagou
LUIZ ANTÔNIO RYFF
"Não sei quanto ele recebeu. O Monsters of Rock foi um pacote. Se oferecem um pacote para você, eu não vou ficar perguntando quanto o vocalista ganha, quanto o carregador ganha. Eu não sei se o Kiss ganhou R$ 10 mil, você está dizendo que o Kiss ganhou R$ 10 mil", disse Muniz Neto. No contrato, obtido pela Folha, o valor está discriminado: R$ 10 mil para a banda -sendo R$ 1.375 para cada um dos quatro integrantes. "Pago meus impostos em dia. Se existe subfaturamento, isso não é comigo. Existe a falsa impressão de que os empresários de shows são uns milionários que vivem nababescamente, e a situação é bem outra. Vivemos em um negócio de risco", afirmou Muniz Neto. "O que vai acabar acontecendo nesse país é que não vai ter mais show estrangeiro. Por que isso aqui está uma merda", disse. Contrato desmembrado Segundo Muniz Neto, um contrato internacional compreende outros itens, como passagens aéreas e frete. Ele diz que não paga sobre "despesas oriundas de shows". "Em um contrato que inclui passagens, frete, hotel, nós não vamos declarar isso", diz ele. "A gente desmembra um contrato", afirma. Só que em shows de artistas nacionais também há despesas idênticas e que também não são colocadas no valor do cachê. É o caso do É o Tchan. Para subir no palco, o grupo de Carla Perez cobra R$ 50 mil, limpos. Há três meses, no início do estouro, a dupla de funkeiros Claudinho & Buchecha cobrava R$ 10 mil para cantar sete músicas com base pré-gravada. (LAR) Texto Anterior: Cachê de Gal custou 12 vezes o do Kiss Próximo Texto: Nos EUA, TV é ampulheta estridente do cotidiano Índice |
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