São Paulo, terça-feira, 5 de agosto de 1997
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

Dívida faz Pitta pôr SP em marcha lenta

ROGÉRIO GENTILE
MAURO TAGLIAFERRI

ROGÉRIO GENTILE; MAURO TAGLIAFERRI
DA REPORTAGEM LOCAL

Prefeito é pressionado por credores, salda parte dos débitos, mas reduz verba para manutenção da cidade e obras

A manutenção da cidade de São Paulo vai ser feita agora de forma ainda mais precária. Pressionado por credores, o prefeito Celso Pitta liberou ontem R$ 135 milhões para saldar parte das dívidas com as cooperativas que administram o PAS (Plano de Atendimento à Saúde) e com as empresas responsáveis pelo recolhimento do lixo e pela varrição da cidade.
O dinheiro, segundo o secretário das Finanças, José Antonio de Freitas, virá de arrochos nos gastos. Administrações Regionais farão apenas serviços considerados essenciais. Manutenção de praças e áreas verdes e investimentos em obras viárias serão reduzidos ainda mais.
Pitta diz que a situação financeira do município é "saudável", mas admite que o momento é de contenção de despesas. "Os atrasos são circunstanciais e estão sendo equacionados", disse, minutos após se reunir com os empresários do lixo.
As reuniões de ontem, entre prefeitura e representantes do PAS e de empresas de lixo, ocorreram menos de uma semana depois de o prefeito ceder aos donos de empresas de ônibus, aceitando ampliar o subsídio ao transporte e aumentando em R$ 20 milhões os gastos da prefeitura com o setor.

Texto Anterior: "Situação não é generalizada"
Próximo Texto: Quem conseguiu a liberação de recursos
Índice


Clique aqui para deixar comentários e sugestões para o ombudsman.


Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.