São Paulo, quarta-feira, 6 de agosto de 1997
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Congresso da Força debate jornada menor

Evento deve reeleger Medeiros

SÉRGIO LÍRIO
DA REPORTAGEM LOCAL

A Força Sindical quer aproveitar seu congresso, que começa hoje, para retomar a campanha pela redução da jornada de trabalho.
A atual diretoria da central vai defender no congresso a proposta de redução de 44 para 36 horas, com diminuição de 5% nos salários dos trabalhadores.
Os dirigentes acreditam que será mais fácil vencer, com essa proposta, as resistências à idéia dentro da própria Força. O Sindicato dos Têxteis de São Paulo, por exemplo, é contra o projeto anterior, que previa redução para 30 horas e diminuição de 10% nos salários.
Os sindicalistas acham também que será mais fácil tentar convencer o governo federal a abrir mão de impostos, já que a renúncia fiscal seria menor.
O governo rejeitou o projeto das 30 horas por achar que a renúncia seria muito grande: R$ 9,4 bilhões, de acordo com a central.
Com a redução para 36 horas, a Força calcula que a renúncia fiscal ficaria em R$ 3,5 bilhões. Seriam criados três milhões de empregos, diz a central.
Segundo o presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de São Paulo, Paulo Pereira da Silva, o Paulinho, a Força irá promover manifestações em todo o país em defesa da jornada de 36 horas. "Não faremos grandes passeatas, mas marcaremos presença com vários atos públicos", disse.
O primeiro acontece na sexta-feira, na praça da Sé, em São Paulo, a partir das 17h. O ato marcará o encerramento do congresso, que deve reeleger o atual presidente, Luiz Antônio de Medeiros, para um novo mandato de quatro anos. Medeiros, candidato único, preside a Força desde a sua criação, em 1991.
O congresso debaterá ainda a transformação de 50% do FGTS (Fundo de Garantia do Tempo de Serviço) em fundo de investimento em privatização, reforma da Previdência e reestruturação sindical. Entre os convidados está o líder do MST, José Rainha Jr., que falará hoje sobre reforma agrária.

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