São Paulo, quarta-feira, 6 de agosto de 1997 |
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Marcada para hoje greve na Venezuela
DAS AGÊNCIAS INTERNACIONAIS O maior sindicato da Venezuela ratificou ontem a convocação de greve nacional para hoje, com duração de 12 horas.O protesto será contra o aumento nos preços da gasolina, as demissões em massa e o não cumprimento de acordos para reajustes salariais por parte de empresas do setor privado. Segundo o secretário-geral da Confederação de Trabalhadores da Venezuela (CTV), Carlos Navarro, que se encontra no interior do país, todas as federações regionais criaram grupos especiais para garantir a normalidade dos protestos e a manutenção de serviços considerados essenciais. Segundo Navarro, isso deve assegurar o sucesso da paralisação. A central sindical venezuelana assegurou que os serviços de água potável, eletricidade e todas as emergências hospitalares serão plenamente garantidas enquanto durar a greve nacional. A Fedepetrol, federação de trabalhadores no setor de petróleo, anunciou a suspensão do abastecimento de combustíveis a todos os postos e aeroportos, o que deve provocar atrasos nos vôos nacionais e internacionais. Os ministros das Finanças e do Planejamento evitaram qualquer condenação formal à paralisação, dizendo que são manifestações democráticas naturais. O setor empresarial lamentou a forma como o governo manipulou a opinião pública em relação à greve. "Porta-vozes do governo estão justificando um protesto que deverá causar prejuízos de 352 bilhões de bolívares", disse Francisco Natera, presidente da Fedecamaras, órgão máximo do empresariado venezuelano. A população economicamente ativa da Venezuela é de 9 milhões de pessoas, 51,3% das quais pertencem ao setor informal, segundo dados apresentados pela CTV. Texto Anterior: As ameaças da (des)regulamentação do petróleo Próximo Texto: A revolução imobiliária Índice |
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