São Paulo, sábado, 9 de agosto de 1997
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Médicos tiram apêndice de Motta e descartam câncer

DA REPORTAGEM LOCAL

O ministro das Comunicações, Sérgio Motta, foi operado ontem pela manhã em São Paulo para a retirada do apêndice, que tinha um tumor.
Não foi revelado como o ministro descobriu que estava com o problema e estima-se que Motta tenha alta em até cinco dias.
Após os exames do tumor, um mucocele, os médicos afirmaram em nota oficial que o ministro não tem câncer.
O mucocele é um aumento no tamanho do apêndice causado pelo acúmulo anormal de muco intestinal. Pode levar à apendicite.
A cirurgia ocorreu no hospital Albert Einstein (zona sudoeste de São Paulo). Motta entrou no centro cirúrgico às 7h30, tendo sido primeiramente submetido a um tratamento de implante dentário.
O tratamento começou no início do ano. Motta foi sedado para o implante, mas os médicos não quiseram dar nenhum dado sobre o procedimento.
Segundo o senador José Serra (PSDB-SP), que visitou o ministro à tarde, Motta saiu do centro cirúrgico às 10h30.
"O paciente teve boa evolução no pós-operatório", diz o texto assinado pelo cirurgião Victor Strassmann.
O mucocele é uma dilatação do apêndice, segmento anexo ao ceco, a primeira parte do intestino grosso.
Quando há algum tipo de obstrução no apêndice, causada pela presença de fecálitos ("bolotas" formadas por massa fecal) na entrada do segmento, o muco intestinal passa a se acumular.
Esse acúmulo pode virar um tumor benigno, o mucocele. Externamente, as paredes do apêndice inchado ficam finas e translúcidas.
O paciente não sente necessariamente dor, segundo o médico Mysés Mincis em seu livro "Gastroenterologia & Hepatologia - Diagnóstico e Tratamento".

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