São Paulo, sábado, 9 de agosto de 1997 |
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Policiais são presos por maltratar garoto
ABNOR GONDIM
Os policiais presos só foram identificados pelos nomes que levavam na identificação das fardas. São eles o sargento Otone e o soldado Noé, que deram dois tapas nas costas do sem-teto preso. A Polícia Militar não forneceu os nomes completos dos policiais. Eles foram presos pelo subcomandante do Batalhão de Choque, Jailson Ferreira Braz, a pedido do promotor Nísio Tostes, que viu a agressão praticada pelos policiais. Sindicância Segundo o promotor, os dois policiais irão responder a sindicância por prática de injúria real, crime relativo ao tratamento humilhante praticado sem necessidade. "O sujeito já estava preso e não havia nenhum motivo para ele ser espancado", disse o promotor. A sem-teto Maria de Lourdes Sousa disse que sua casa foi invadida pelos policiais militares, que teriam arrombado a porta de entrada. Outras moradoras da invasão disseram que várias pessoas foram presas em suas casas. Arbitrariedades O promotor Paulo Gomes de Sousa Jr. disse que, na maioria dos casos, não procedem as denúncias sobre arbitrariedades atribuídas aos policiais. "Em muitos casos, a pessoa joga a pedra e depois se esconde em casa. Aí a polícia entra para prendê-lo", disse o promotor. O morador Baltazar Pedro Santos, 46, disse que tem problemas em dois dedos da mão direita por ter levado uma bala de borracha no confronto entre a Polícia Militar e os sem-teto ocorrido no dia 10 de julho passado. Texto Anterior: Moradores impedem reintegração Próximo Texto: Líder responde a 15 processos Índice |
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