São Paulo, sábado, 9 de agosto de 1997
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Agência teve roubo semelhante em junho

OTÁVIO CABRAL
DA REPORTAGEM LOCAL

A agência da Caixa Econômica Federal do Imirim já havia sido assaltada da mesma maneira havia menos de dois meses.
Segundo o gerente Miltom Schimith, no dia 13 de junho assaltantes renderam outro gerente antes do horário de abertura da agência, ameaçaram sua família e conseguiram levar cerca de R$ 51 mil.
Até hoje, os homens responsáveis por esse assalto não foram localizados pela polícia. Pelas descrições das vítimas, os assaltos foram cometidos por grupos de assaltantes diferentes.
"A insegurança na nossa profissão é muito grande. O gerente já espera ser assaltado porque as agências bancárias são muito vulneráveis", afirmou Schimith.
Medo
Após os dois assaltos, Schimith pensa em sair de São Paulo. Gaúcho de Palmeira das Missões, cidade de 40 mil habitantes, ele mora há apenas um ano na cidade.
"Sou um funcionário e dependo da determinação de meus superiores para ser transferido. Mas, assim que houver uma oportunidade, volto correndo para o Sul", declarou o gerente.
Segundo ele, na única vez que houve um assalto a banco em Palmeira das Missões, "o povo saiu nas ruas e matou os quatro assaltantes na mesma hora". "Lá não existe esse problema de violência, que é insuportável em São Paulo."
Mesmo dispensado pelos superiores, Schimith pretendia voltar a trabalhar ainda na tarde de ontem. "Esse assalto não pode mudar a minha vida. Preciso continuar trabalhando normalmente", declarou Schimith.
Retrato falado
As seis pessoas que tiveram contato com os três assaltantes -Schimith, sua mulher, seus dois filhos e o casal de amigos- devem comparecer à Delegacia de Roubo a Bancos na próxima segunda-feira para tentar fazer retratos falados do trio.
Eles também devem tentar fazer reconhecimento fotográfico dos acusados por meio de fotos de assaltantes de banco procurados pela polícia de São Paulo.
Segundo Schimith, os três assaltantes eram mulatos e aparentavam ter entre 25 e 30 anos. Eles não usaram máscaras para esconder o rosto.
(OC)

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