São Paulo, sábado, 9 de agosto de 1997 |
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Família de gerente vira refém em assalto
OTÁVIO CABRAL
O assalto teve início por volta das 7h30 de ontem. Entre os três assaltantes, havia uma mulher grávida. Segundo Schimith, dois homens e uma mulher, armados de pistolas automáticas e revólveres, invadiram sua casa, também no Imirim, por volta das 7h30 de ontem. A porta da casa não estava trancada no momento da chegada dos acusados. O gerente disse que chegou a reagir, mas desistiu quando um assaltante apontou um revólver engatilhado em sua direção. "Eles disseram para ninguém reagir, porque não queriam levar nada da casa, apenas assaltar o banco", afirmou o gerente. Além de Schimith, estavam na casa sua mulher, as duas filhas -uma de 5 anos e outra de 12-, e um casal de amigos gaúchos que está passando férias em São Paulo. Um dos assaltantes ficou na casa, mantendo a família como refém. A mulher grávida seguiu no carro do gerente, um Daewoo, em direção ao banco. O outro homem, que estava em um Fiat Uno, seguiu o carro do gerente. Schimith contou que cada assaltante tinha um telefone celular. "Eles se comunicaram o tempo todo durante o assalto." O gerente e a grávida chegaram ao banco por volta das 8h, quando havia apenas o vigia e outros seis funcionários. A casa dele fica a menos de um quilômetro da agência. "Avisei o vigia que era um assalto e para ele abrir a porta sem reagir. Quando entrei na agência, reuni todos os funcionários e expliquei que minha família estava ameaçada", declarou o gerente. A mulher grávida recolheu cerca de R$ 19 mil que estavam no cofre e aproximadamente R$ 16 mil dos guichês. No total, foram roubados R$ 35.402,04. Após pegar o dinheiro, a mulher seguiu no carro com o gerente. Ela desceu a dois quarteirões do banco e telefonou para o homem que estava na casa, dizendo que ele podia libertar os reféns. Schimith foi até sua casa, que havia sido trancada por fora pelos acusados, e verificou que as cinco pessoas que ficaram lá não estavam feridas. Somente depois disso, ele voltou à agência e ordenou aos vigilantes que comunicassem o assalto à polícia. "Não podia dar queixa antes de verificar que minha família estava salva", justificou. Os assaltantes disseram a Schimith que estavam observando os hábitos de sua família havia três meses. Sua filha de 15 anos afirmou que viu os acusados várias vezes em frente à escola onde estuda. Até ontem à noite, nenhum acusado havia sido preso pela polícia. Texto Anterior: Engenheiro mata médica e se suicida em Minas Próximo Texto: Agência teve roubo semelhante em junho Índice |
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