São Paulo, sábado, 9 de agosto de 1997 |
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Buarque acusa deputados
OSWALDO BUARIM JR.
"Há parlamentares envolvidos com pessoas armadas, o que é muito grave", acusou Cristovam. Ele não deu os nomes dos parlamentares, mas sua assessoria informou que o governador se referia aos deputados José Edmar (PSDB) e Luiz Estevão (PMDB), que controlam associações de moradores na área. Cristovam Buarque disse que estuda a possibilidade de denunciar os deputados à Câmara Distrital. "Vou pôr ordem na Estrutural", disse Cristovam. Segundo o governador, "outros Estados toleraram ilegalidades e perderam o controle". "Aqui não vamos perder o controle", afirmou. Cristovam deu parabéns ao secretário da Segurança do DF, Roberto Aguiar, ao encontrá-lo para entrevista em seu gabinete no Palácio do Buriti. O secretário Roberto Aguiar acusou os sem-teto de ter disparado os tiros que feriram duas pessoas. Cristovam disse que a área onde se instalou a favela, com cerca de 3.000 barracos, está reservada à implantação de um pólo industrial. Aguiar disse que a operação mobilizou 630 policiais militares, que utilizaram 24 carros de polícia, um helicóptero, 20 cães e 30 cavalos. A operação foi montada para derrubar casas de alvenaria e impedir o funcionamento de madeireiras que vendiam material para construção de barracos. "Esta cidade tem autoridade, e ninguém vai fazer lei a seu bel-prazer", disse Aguiar. Buarque anunciou a reabertura das negociações para que sem-teto sejam transferidos para uma área urbanizada entre as áreas de Riacho Fundo e Recanto das Emas. Cristovam disse que tem 500 lotes disponíveis. O governo havia oferecido, no mês passado, mil lotes no Recanto das Emas, mas na área foram assentadas outras famílias, depois que os sem-teto da Estrutural recusaram a transferência. Texto Anterior: Local já teve outros conflitos Próximo Texto: Mutuário pode recorrer de execução extrajudicial Índice |
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