São Paulo, sábado, 9 de agosto de 1997
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DE UM GUEVARA PARA OUTRO

DE UM GUEVARA PARA OUTRO

"Meu querido Alfredo,
Mal havia recebido sua carta, fiz contato com uma companhia através de gente daqui e apresentei as seguintes propostas: a instalação, pelo Japão, de um estúdio auto-suficiente, com capacidade para três filmes por mês, equipado com toda a aparelhagem, exceto câmeras, e de uma sala de cinema pertencente ao estúdio com capacidade de 2.500 (lugares), pagos em açúcar... Estou enviando-lhe através do embaixador um livro que lhe pode ser útil, não sei o valor pois não falo inglês e tampouco entendo de cinema...Os estúdios japoneses são feitos paras filmar interiores, eles só saem ao ar livre quando não há remédio e eles calculam um terço do filme nessas condições... Perdoe-me pela sinceridade desta carta, mas eu não tenho massa cinzenta suficiente para arengas psicológicas: a sua, por outro lado, me interessou demais, mas as duas páginas que você dedicou à análise de Pedro Luis eu posso resumir em três palavras: filho da puta.
Recebe um abraço de seu amigo,
Che."

Trecho de carta de Che Guevara para Alfredo Guevara

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