São Paulo, sábado, 9 de agosto de 1997
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

Koellreuter fala da música "educativa"

IRINEU FRANCO PERPÉTUO
ESPECIAL PARA A FOLHA

A educação musical nas escolas é importante não para formar musicistas, mas para moldar a personalidade dos jovens.
Essa é a idéia que o compositor Hans-Joachim Koellreuter, 82, vai defender amanhã em sua palestra "Sobre a Educação Musical Hoje e Quiçá Amanhã", na Sala São Luiz.
"É como o esporte", explica Koellreuter. "As escolas secundárias não dão aulas de futebol para formar jogadores profissionais, mas para desenvolver características como a comunicação, a concentração e o trabalho em equipe, que contribuem na formação da personalidade dos alunos."
Para o compositor, o ensino de música pode ter funções análogas -principalmente, a partir do exercício da improvisação, que estimula a criatividade.
"A improvisação em grupo funciona como aprendizado para o trabalho em equipe, desenvolvendo faculdades de percepção, autodisciplina, desembaraço, autoconfiança, memória, senso crítico, senso de responsabilidade, capacidade de análise e capacidade de síntese", afirma.
Todas estas habilidades -Koellreuter faz questão de salientar- são úteis em qualquer tipo de profissão, não apenas na música.
"Claro que, se um ou outro aluno mostrar talento para a coisa, deve ser encaminhado", diz. "O importante é tirar o jovem da indiferença e sacudir seus códigos estéticos, propondo um novo modo de ouvir e apreciar para que a música possa cumprir sua função de meio para formar a personalidade das pessoas".
(IFP)

Palestra: Hans-Joachim Koellreuter
Quando: dom, às 11h
Onde: Sala São Luiz (av. Juscelino Kubitscheck, 1.830, tel. 011/827-4111)
Quanto: entrada franca

Texto Anterior: Sinfônica não consegue preencher vagas
Próximo Texto: CD traz virtuosismo
Índice


Clique aqui para deixar comentários e sugestões para o ombudsman.


Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.