São Paulo, sábado, 9 de agosto de 1997 |
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VMB 97 reúne videoclipes sem lucro
FERNANDO PAULINO NETO
"É uma forma de mostrar o seu trabalho", diz Augusto Casé, da Electra Filmes, que fez a produção do videoclipe "Alma Não Tem Cor", da banda Karnak, que concorre ao título de melhor do ano no prêmio MTV Video Music Brasil, que se realiza na próxima quinta-feira, a partir das 21h, no Palácio das Convenções do Anhembi, em São Paulo. "Os melhores videoclipes entram na fita de rolo como referência de trabalho", diz. A fita de rolo é apresentada pelas produtoras quando buscam novos clientes. Neste ano, foram escritos para o VMB 241 videoclipes em 11 categorias: revelação, pop, rock, rap, MPB, democlip, edição, fotografia, direção, melhor do ano e escolha da audiência. Para escolher os vencedores, haverá um júri formado por profissionais de diversas áreas. Entre eles, as atrizes Malu Mader, Regina Casé, o cantor Jorge Benjor e o estilista Marcelo Sommer. A categoria escolha de audiência será definida pelo público, que pode votar nos concorrentes pelos telefones (011) 3061-9560 e (021) 221-9659 ou via Internet (www.mtv.com.br). Clipe x prejuízo Nem mesmo o campeão de orçamento entre os finalistas do prêmio MTV, com um custo de R$ 150 mil, "É uma Partida de Futebol", do Skank, foge à regra. "A gente procura não ter prejuízo. O lucro, em geral, é mostrar um trabalho autoral", diz o diretor Roberto Berliner, da TV Zero, que também vê a ligação mercadológica entre videoclipe e publicidade. Flávio Tambelini, da Ravina, diz que "dá um charme botar um clipe no meio do rolo de comerciais. O diretor não ganha nada para fazer porque é bom ter. É divulgação do talento", diz. Ele cita o exemplo da Conspiração Filmes, responsável por três dos cinco candidatos a melhor do ano da MTV, "A Namorada", de Carlinhos Brown, "Busca Vida", dos Paralamas do Sucesso, e "Enquanto Durmo", de Zélia Duncan. Mas nem tudo é dinheiro no mundo dos videoclipes. Há também a satisfação pessoal. "Não dá para ganhar um tostão. A gente faz por prazer", diz Waddington. Berliner vai na mesma linha. "É jogo fazer. O clipe tem uma satisfação pessoal porque é um espaço totalmente aberto para você criar. Você inventa tudo nele e procura não ter prejuízo. É a luta com o sócio que cuida da grana." No caso, seu irmão, Renato Berliner. Texto Anterior: Começa maior festa do teatro mundial' Próximo Texto: Diretor crê em "choradeira" Índice |
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