São Paulo, domingo, 10 de agosto de 1997
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Motoristas querem rádio e pontos fixos

DA REPORTAGEM LOCAL

Os taxistas de São Paulo têm duas propostas para diminuir o número de assaltos e os consequentes assassinatos.
A principal reivindicação é a liberação do uso de radiotransmissores do tipo PX e TX, proibidos pelo Departamento de Transportes Públicos (DTP), da Secretaria Municipal de Transportes.
A outra proposta é a diminuição na burocracia para a criação de novos pontos de táxi.
Segundo o sindicato, o uso de radiotransmissores permitiria aos taxistas alertar os colegas quando estivessem sendo assaltados.
Mas o DTP obriga os motoristas a recolher a antena, o que impede o equipamento de transmitir e receber mensagens.
No último dia 28, motoristas fizeram um protesto pela liberação dos radiotransmissores durante o velório do taxista Adão Alves de Araújo, 54, assassinado na véspera na Vila Carrão (zona sudeste).
Araújo tinha um rádio PX, mas não pôde usar porque sua antena havia sido recolhida.
Mas a principal causa de morte de taxistas de São Paulo é o infarto -problemas cardíacos são responsáveis por cerca de 50% das mortes de motoristas.
Os outros motivos que mais matam taxistas são câncer e assassinatos (12% das mortes cada um).
Pneumonia, com 10%, e derrame, com 6%, são outras causas.
Pontos
Os taxistas também desejam que o processo para a instalação de pontos seja agilizado. Atualmente, a abertura de um ponto de táxi chega a durar três meses.
Segundo o sindicato, motoristas têm mais seguranças trabalhando em pontos fixos, pois conhecem melhor os "fregueses" e contam com a colaboração dos colegas.
Até junho, segundo o DTP, havia na cidade de São Paulo 2.294 pontos de táxi.
Para conseguir um ponto, um grupo de taxistas deve entrar com um processo no DTP, que irá vistoriar o local indicado e ver se ele é seguro. O custo do processo, que dura entre 30 e 90 dias, é de R$ 70.

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