São Paulo, domingo, 10 de agosto de 1997
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SEM ROUPA

"Passei 30 anos fazendo regime, sofrendo, me escondendo, mas hoje me acho ótima. Não tenho a menor vergonha do meu corpo.
Eu até digo para os meus amigos que as mulheres magras tem ponto 'G', as gordas, ponto 'GG'.
Na cama, uso lingerie preta, de renda, me imponho mesmo. Tanto que nenhum dos meus parceiros ousa tocar no assunto 'gordura'.
Tenho meus truques também. Se noto que a mão do cara está deslizando para uma região mais redonda, digo brincando: 'olha a curvinha...'
Digo, antes que ele pense em fazer.
Como sou indisfarçavelmente gorda, parto do princípio que o cara que está comigo gosta desse gênero de mulher. Então, se ele gosta, não preciso esconder nada: essa história de sair do quarto que nem uma múmia, enrolada no lençol, não é comigo."

Adriana Melo (à esq.), assessora administrativa

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