São Paulo, domingo, 10 de agosto de 1997
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Inflação baixa segura expansão

DA REPORTAGEM LOCAL

Inflação muito baixa, ou até deflação, costuma ser vista como algo apenas positivo por leigos. Seu aspecto perverso, porém, é igualmente importante.
Uma política antiinflacionária não pode ser ao mesmo tempo expansionista. As duas preocupações -crescer e combater a inflação- podem até coexistir num mesmo governo, mas, como prioridades, são excludentes.
O fenômeno observado desde o Real é a desinflação. Ou seja, os preços continuam subindo, mas a um ritmo cada vez mais lento.
Quando os preços começam a cair, o que ocorre é a deflação. Esse fenômeno em geral vem acompanhado da recessão. O Brasil, com inflação anual 5,8%, ainda está longe disso, embora quedas da média dos preços não estejam descartadas num determinado mês.
A queda de preços persistente obriga a indústria e o comércio a reduzirem margens de lucro para tentar manter vendas. Com isso, cortam empregos.
A diferença entre deflação e desinflação, do ponto de vista do impacto sobre a atividade, é mais de grau do que de natureza.

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