São Paulo, domingo, 10 de agosto de 1997 |
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Para Singer, a recessão deve vir
MAURO ARBEX
Os segmentos de bens duráveis, segundo Singer, são os primeiros a sentir os reflexos de problemas na economia. "Uma retração forte na indústria automobilística pode levar à demissão de trabalhadores num setor importante e à redução de encomendas de outras áreas que dependem dessa indústria", diz. Para o professor da USP, o desaquecimento poderia ser evitado "se o governo tivesse interesse. Mas prefere uma recessão, pois salva a situação ruim das contas externas". Segundo o coordenador de produção técnica do Dieese (Departamento Intersindical de Estatísticas e Estudos Sócio-Econômicos), economista Antônio Prado, "o governo deve continuar apenas observando o comportamento da economia". Ele lembra que a expectativa do início do ano -de que viessem medidas de freio por causa do déficit da balança comercial- levou a um auto-ajuste da economia e a uma desaceleração natural, que deve ser em parte contornada até o final do ano. Eixo de crescimento Boris Tabacof, diretor do Departamento de Economia da Fiesp (Federação das Indústrias do Estado de São Paulo), diz que "o consumo, que vinha puxando a economia, está perdendo impulso, e o eixo de crescimento está se deslocando para os investimentos". "Os sinais são de intensificação das atividades especialmente nas áreas da infra-estrutura, como telecomunicações, ferrovias e energia, e de bens de capital (máquinas e equipamentos)", afirma. (MA) Texto Anterior: Economistas prevêem menor crescimento Próximo Texto: Inflação baixa segura expansão Índice |
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