São Paulo, domingo, 10 de agosto de 1997
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"Pode ficar pior do que está"

DA REPORTAGEM LOCAL

Moradores e comerciantes de imóveis localizados na região onde vai passar o futuro corredor São João convergem num assunto: a vida vai piorar com um corredor na porta de casa.
Antônio Gomide, 48, sócio com o irmão, Eugênio Gomide, de uma loja de materiais de construção na Lapa (zona noroeste de São Paulo), diz que suas vendas já são prejudicadas pelo fato de os carros terem pouco lugar para estacionar.
"Com o corredor é que eles não teriam lugar onde parar mesmo", diz Antônio Gomide.
Segundo Eugênio, 90% de seus clientes chegam de carro para fazer compras. Eles estão no imóvel há dez anos e pagam R$ 1.500 de aluguel. "Não dá para ter idéia de como vai ficar, mas se (o corredor) prejudicar o negócio, teremos de fazer alguma coisa. Conviver com prejuízo não dá", diz Antônio.
Moradia antiga
A dona-de-casa Marília Magalhães Costa, 51, diz que não sabia da "história" do corredor e não gostou da idéia de tê-lo na porta de casa. "Não é legal, não."
Viúva, ela vive com as duas filhas -Liliam, 20, e Renata, 17- e diz que o lugar é bom para morar porque é "perto de tudo".
"Mas não posso estacionar meu carro na porta de casa (que é zona azul, estacionamento controlado por cartões). Com o corredor, a coisa pode ficar pior do que já está", afirma.
Marília, no entanto, afirma que ainda não pretende mudar de casa.

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