São Paulo, domingo, 10 de agosto de 1997 |
Texto Anterior |
Próximo Texto |
Índice
Quantidade ou qualidade? Elas acham que a rotina acaba com o encantamento, mas não deixam de lado o romantismo Estavam neste bate-papo a orientadora pedagógica Maria Christina Carbonaro, 39, separada, a psicóloga Heloisa Helena Rosa de Almeida, 43, divorciada, a promotora de eventos Lilian Machado, 36, desquitada, e a estilista Siusi Ferreira, 41, solteira. * Revista - Vocês preferem quantidade ou qualidade, ou seja, é melhor ter vários parceiros, ou apenas um, mas que satisfaça? Lilian - Ah, eu prefiro ter um monte! Eu fiquei na qualidade durante oito anos e desisti dela. É muito difícil você ter apenas um homem, porque a convivência do dia-a-dia acaba com o romantismo, com a potencialidade mesmo. Christina - É, a convivência realmente acaba desencantando a gente. Agora, eu ainda busco ter apenas uma pessoa. Pode ser careta, ilusório, mas ainda acho que isso pode acontecer. Siusi - Eu acho que é importante ter um por vez, para que você possa se aprofundar numa relação. Revista - Como vocês reconhecem um homem bom de cama? Christina - Ele não pode ser egoísta e tem de ser carinhoso. Lilian - O primeiro ponto é conhecer o lado feminino, pois a maioria dos homens não conhece. E tem de ter aquela coisa da liga, da pele, senão não vai. Heloisa - Para mim, ele precisa ser vigoroso. Para isso não precisa ser fortão, mas ser energeticamente vigoroso. Ao mesmo tempo, esse homem tem de ser carinhoso e sensível. Siusi - Mulher é tão carente, né ? Heloisa - Inevitavelmente quando mulher é entrevistada sobre sexo, ela acaba colocando um romantismo no meio, um casamento, uma relação que não deu certo... Revista - Vocês conseguem olhar para um homem e pensar "com esse aí eu só quero passar uma noite e mais nada"? Christina - Eu não. Não consigo separar as coisas, talvez por pura falta de experiência. Eu tenho isso em mim. Lilian - Ah, eu separo completamente. O cara tem de ter aquela coisa de pele, que não passa obrigatoriamente pelo amor. Siusi - Eu acho que esse negócio de ter muitos homens cheira um pouco de promiscuidade, né? A moral é uma coisa que não permite que as mulheres se exponham. Eu já estive em uma situação em que dois amigos me interessaram e nem por isso eu saí com os dois. Revista - O que você fez? Siusi - Escolhi um por vez! (risos) Revista - Os homens, em geral, têm a chamada "qualidade" para oferecer na cama? Lilian - É difícil de achar. Heloisa - Também acho difícil. Siusi - Eu tenho tendência para gostar de pessoas, digamos assim, diferentes. Então, para mim, é mais difícil ainda. Revista - Já aconteceu de vocês pensarem "estou transando demais ultimamente, tenho de dar uma parada"? Heloisa - Para mim, sim. Lilian - Eu não, não tenho essas encanações. Siusi - Eu nunca achei que tinha exagerado na dose. O jogo da sedução é interessante, mas eu confesso que ando meio apática para esse negócio de sexo... Mentira! (risos) Revista - Vocês já tiveram mais de um homem em uma mesma noite? Christina - Não, e acho que não faria isso no atual momento. Heloisa - Não e também nunca tive vontade. Lilian - E tem essa coisa chata de Aids, que é um perigo mortal mesmo. Siusi - Eu nunca saí com duas pessoas ao mesmo tempo, mas eu acho que deve ser interessante, até amoroso... Texto Anterior: Vela Artesanal Próximo Texto: Trabalhando em casa Índice |
Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress. |