São Paulo, segunda-feira, 11 de agosto de 1997 |
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Campanha ajudou doméstica a ter casa Gilda Rebelo agradece ação do sociólogo WILSON TOSTA
Gilda tem motivos. Foi num mutirão orientado pela Ação da Cidadania contra a Miséria e pela Vida que construiu a casa onde vive, em Shangri-Lá, Jacarepaguá (zona oeste do Rio). A doméstica, que ganha R$ 240 mensais, é grata a Betinho. "Minha vida melhorou 99%", disse ela à Folha. "Só não melhorou 100% porque ainda estou aprendendo a defender os meus direitos." Até dezembro de 1995, Gilda morava em uma casa alugada, numa rua próxima a Shangri-lá, com o filho Dalmo da Silva Rebelo Conceição, hoje com 14 anos. Quando chovia, o local era inundado por goteiras. O desespero com a situação levou-a até a pensar em participar de uma invasão de sem-teto, em dezembro de 95. "Eu soube que um terreno em Quintino (zona norte) ia ser invadido e chamei uma vizinha", contou Gilda. "Ela então me chamou para o mutirão, explicou que a gente lá ralava (trabalhava muito), mas podia conseguir a casa." O mutirão começou em 3 de fevereiro de 96, com ajuda da Ação da Cidadania e do Centro de Defesa dos Direitos Humanos Bento Rubião. As obras foram coordenadas pela Cooperativa Mista de Shangri-Lá, que montou no local uma fábrica de lajes e blocos, para fazer material e gerar renda, aplicada na construção. Gilda se mudou para a nova casa, de sala, dois quartos e varanda comunitária, em dezembro de 96. "Mais importante do que a casa foi ter aprendido os meus direitos de cidadã." Texto Anterior: Betinho, o militante da utopia Próximo Texto: Desempregada ganhou alimentos Índice |
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